Na última quinta-feira (1), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que nesta sexta (2) haverá uma entrega de 1,3 milhão de doses do imunizante AstraZeneca/Oxford ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Anteriormente, 2,8 milhões de doses da vacina foram entregues.
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Originalmente, a ideia da Fiocruz era entregar 15 milhões de doses no mês de março. O diretor do Instituto de Biotecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos, vinculado à Fiocruz) Maurício Zuma declarou que esse último lote teve um atraso, que se deve a mau funcionamento de uma máquina recravadora (responável selar os frascos de vacina).
O que acontece é que a máquina ficou parada uma semana, após descartar erroneamente frascos que apresentavam boas condições. Com isso, o Instituto teve que comprar peças na Itália. O instituto está responsável pelo processo final da vacina AstraZeneca/Oxford, o que engloba as operações de formulação, envase, recravação, rotulagem e embalagem, em meio a um contrato de R$ 1,35 bilhão.
Vale ressaltar, ainda, que Bio-Manguinhos conta com duas linhas de envase da vacina: a primeira, onde surgiu o problema técnico, trabalha em dois turnos. Já a segunda, que entrou em operação recentemente, funciona em um turn (pelo menos por enquanto). Juntas, as linhas produzem 900 mil doses por dia, mas antes da entrega ao PNI, a vacina passa por análises de qualidade que costumam levar cerca de três semanas.
A vacina de Oxford/AstraZeneca
A vacina da Oxford contra a COVID-19 foi batizada de AZD1222, ou Covishield. Trata-se de um imunizante que utiliza um vírus inativado, o adenovírus, como vetor de parte do material genético do SARS-CoV-2, que produz a proteína que gera a resposta imune, e a única contra-indicação absoluta é ter história de alergia grave a um dos componentes da vacina.
Em conversa com o Canaltech no último mês de fevereiro, o Dr. Bernardo Almeida, médico infectologista e Chief Medical Officer do laboratório de análises clínicas Hilab, tirou todas as dúvidas sobre essa vacina. Na ocasião, o especialista explicou que a vacina exige duas doses porque a segunda dose é capaz de amplificar a resposta imune, aumentando a eficácia da vacinação. Além disso, provavelmente aumenta o prazo de imunidade ao longo do tempo.
O infectologista em questão também explicou que a eficácia da vacina foi de 70,4%, o que significa que uma pessoa vacinada possui 70,4% menos chances de contrair doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, comparado a uma pessoa que não recebe a vacina. Por exemplo, considerando que uma cidade de 1 milhão de habitantes terá 100 mil casos de COVID-19, caso toda a população seja imunizada, a vacina irá prevenir 70 mil desses casos.
Fonte: O Globo
Fiocruz entrega 1,3 milhão de doses da vacina de março e justifica o atraso – Artigo
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